terça-feira, 8 de abril de 2008

Quem diria...

Saiu no Blog do Ricardo Mota

POR ALMEIDA, PC DO B E COLLOR REEDITAM ALIANÇA DE 1986

O que parecia improvável, aconteceu: o prefeito Cícero Almeida conseguiu reunir na mesma aliança eleitoral, o PC do B, o senador Fernando Collor e o ex-deputado João Lyra. Esta composição político-eleitoral, é verdade, já havia acontecido em 1986, num cenário, porém, completamente diferente. Então, o alvo era a dobradinha Divaldo-Guilherme que tinha uma anunciado projeto de poder "até o ano 2000".

Já na eleição de 1986, os partidos de esquerda, que caminharam juntos durante a ditadura militar, racharam - parte apoiando Collor, outra banda lançando Ronaldo Lessa na disputa para governador. Depois, o próprio PC do B começou a se fragmentar, e de força majoritária no movimento estudantil e sindical, foi perdendo espaço para as correntes petistas, vendo quadros importante abandonando a legenda, a exemplo de Thomaz Beltrão, Mário Agra, Alberto Saldanha, entre outros menos cotados. Anos depois, houve um novo racha interno, culminando com a saída de Edberto Ticianeli e outros "históricos", mais uma vez, rumo ao PT.

Com a aliança em torno de Almeida, agora o PC do B surpreendeu principalmente o PT, que contava com os comunistas na campanha de Judson Cabral. O nome de Eduardo Bomfim, presidente do partido em Alagoas, era um dos mais cotados para assumir a vaga de vice do deputado petista. A prioridade, entretanto, parece ser a reeleição do vereador Marcelo Malta, daí a opção pelo arco Almeida-Collor-JL (que ainda agrega o PP, de Benedito de Lyra.)

E como "não existe almoço de graça", o PC do B deve ganhar uma secretaria municipal antes da eleição. A mais provável - pode mudar - é a Cultura. O partido já tem tradição de gestores nessa área desde o governo Suaruagy, passando por Ronaldo Lessa e Kátia Born. Já o ex-presidente Collor, que prefere João Lyra a Lurdinha na condição de vice de Cícero Almeida, vai receber a SMTT, indicando o substituto de Ivã Vilela, que sai do cargo nos próximos dias.

A campanha eleitoral está só começando e essa insólita aliança pode ganhar novos adeptos. Líder absoluto nas pesquisas, Almeida escancarou a porta para receber adesões. Resta saber: de que maneira ele vai atender as demandas de tantos apoios num possível segundo governo?

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