quarta-feira, 11 de junho de 2008

PRA VARIAR, MAIS UMA VEZ ALAGOAS ESTÁ PRESENTE...


DEZ ESTADOS NÃO CUMPREM METAS DO IDEB PARA ENSINO MÉDIO


Apesar do aumento na média nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2007 para o nível médio, dez estados não atingiram a meta prevista para o ano: Alagoas, Amapá, Goiás, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe e Espírito Santo. Comparado aos outros níveis, o ensino médio foi o que registrou maior número de estados que não cumpriram a meta.

Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, "não se consegue corrigir tudo de uma vez só. É preciso compreender que é uma boa onda e que é preciso reforçar o que começou nas séries iniciais. Vai chegando às séries finais do ensino fundamental e com muito esforço chegará ao ensino médio."

O Ideb das primeiras séries do ensino fundamental, por exemplo, subiu de 3,8 para 4,2. No ensino médio, a média nacional foi de 3,5 - em 2005, era de 3,4. Os dados foram divulgados hoje (11).

Para a presidente do Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Educação (Consed), Maria Auxiliadora Rezende, a explicação para o baixo desempenho do ensino médio está na falta de políticas públicas que priorizem esse nível.

“Não é aceitável, mas é explicável, porque por dez anos nós tivemos o foco no fundamental. Nos dez anos do Fundef [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, substituído pelo Fundo de Manutenção da Educação Básica, Fundeb, do qual o ensino médio faz parte], mais de 60% dos recursos eram estaduais. Isso levou, em muitos estados, a um crescimento muito reduzido do ensino médio, inclusive de investimentos”, explicou Rezende.

Ela acredita que os investimentos no ensino fundamental refletirão em um ensino médio melhor, já que os estudantes chegarão mais preparados a ele. “Eu acho que o investimento na base vai provocar naturalmente uma mudança no ensino médio, mas com certeza é um elo que precisa ser fortalecido, e é aí que a gente continua esbarrando na questão do financiamento. Ainda hoje é o elo mais frágil, que mesmo com o investimento corriqueiro [atual], não vai resolver este problema”, defendeu.

Entretanto, ela salientou que esperar a chegada dos estudantes, que hoje estão no ensino fundamental, ao ensino médio não pode ser a única saída para a melhoria das notas, e que os jovens que hoje cursam o ensino médio precisam “ter um tratamento diferenciado”.

“Eu não posso dizer para um jovem que está no ensino médio: 'olha, eu sinto muito, você foi vítima da história, você vai sair da escola muito ruim, porque você teve um fundamental ruim', eu não tenho o direito de fazer isso. Eu tenho que, com os limites que nós temos, conseguir estruturar um [ensino] médio integral, para ele ter reforço escolar. Nós temos que encontrar saída mesmo que, do ponto de vista histórico, nós estejamos realinhando o fluxo”, ponderou.

Fonte: Agência Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

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