Confira o que O Globo fez com o factóide da Petrobras.
Hoje, na seção de Cartas, publica a seguinte carta da Petrobras.
Hoje, na seção de Cartas, publica a seguinte carta da Petrobras.
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Regime tributário
Sobre a matéria “Garras menos afiadas” (17/6), a Petrobras reitera que a opção pelo regime tributário de caixa está amparada pelo artigo 30 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001.
Trata-se de procedimento legal, feito por outras empresas, como cita o próprio GLOBO.
O texto da MP deixa claro que cabe a qualquer empresa brasileira escolher, a seu critério, a forma de tributação do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSSL) sobre as variações cambiais. A MP não define o momento para a mudança de regime, o que é coerente com seu objetivo, de amenizar o impacto tributário decorrente da variação da moeda nacional em situações de crises internacionais e, por consequência, na apuração e no pagamento de tributos federais.
LUCIO MENA PIMENTEL - gerente de Imprensa da Petrobras
Consultando-se o Blog da Petrobras, percebe-se que O Globo - que tem tradição de desrespeitar os leitores que escrevem para sua seção de cartas (conforme já experimentei na pele) - suprimiu o seguinte trecho da carta:
Trata-se de um procedimento legal, feito por outras empresas, como cita o próprio Globo e conforme informou hoje um grande jornal de São Paulo, em matéria sobre o mesmo assunto.
O grande jornal, em questão, é o Estado de São Paulo Em sua edição de ontem publicou uma matéria sobre as compensações tributárias, onde diz
As chamadas compensações tributárias feitas por empresas até abril também influenciaram e somaram R$ 4,2 bilhões. As compensações são manobras contábeis para reduzir legalmente o pagamento de certos tributos. Embora a Receita não revele nomes, a Petrobrás foi responsável pela maior parte dessa perda com a mudança de regime tributário que adotou no fim de 2008, fato que acabou provocando a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Ou seja, a matéria do Estadão comprova claramente que a denúncia de O Globo era furada, ao tratar como escândalo uma operação fiscal. Aí, quando se vai à página 2 de O Globo, o que se lê explica a supressão do trecho:
As melhores de maio
A manobra contábil da Petrobras, que permitiu à empresa deixar de recolher R$ 4,38 bilhões aos cofres da União entre dezembro de 2008 e março deste ano, foi eleita ontem pelos editores como a melhor reportagem do mês passado. A matéria, escrita pelas repórteres REGINA ALVAREZ e MARTHA BECK, da sucursal de Brasília, teve enorme repercussão nos dias seguintes e acabou tornando irreversível a CPI da Petrobras.
Embora ainda não esteja funcionando, a CPI foi instalada poucos dias depois da denúncia de Regina e Martha.
Ou seja, publicam uma notícia falsa (a de que a manobra fiscal da Petrobras era ilegal) e comemoram o fato de que a falsificação gerou uma CPI.
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