quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Universidades Federais terão 41 mil novas vagas em 2009


Ao todo, serão disponibilizadas 227.668 vagas. A presidente da UNE, lembra que é preciso garantir qualidade de ensino


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta quarta-feira (3) os primeiros editais de vestibulares de 2009 para as universidades federais. A novidade são as cerca de 41 mil novas vagas para cursos presenciais em todo o País, 28% a mais que este ano e 53% maior que a quantidade de vagas disponíveis em 2007.

Ao todo, as federais vão disponibilizar 227.668 vagas entre cursos presenciais e à distância para 2009, mais que o dobro de 2003, quando as universidades públicas ofereciam 113,9 mil.

"Estamos celebrando a duplicação das vagas, mas o vestibular 2011 contará com 40 mil vagas mais 20 mil de cursos à distância. Ao final de seu governo estaremos saindo de 113 mil para quase 300 mil vagas de ingresso nas federais", afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad.

"Atualmente no Brasil, somos quase 5 milhões de estudantes universitários e, desses, 85% estão matriculados em universidades particulares e só 15% tem acesso à educação pública. A ampliação de vagas nas Federais contribui para dar início a um processo de inversão desta proporção, antiga reivindicação da UNE", afirma a presidente da UNE, Lúcia Stumpf.

A líder estudantil lembra que a expansão de vagas nas universidades públicas precisa, fundamentalmente, garantir a qualidade da educação com base no tripé ensino, pesquisa, extensão, com professores corretamente remunerados e com toda a infra-estrutura necessária.

De acordo com o Ministério da Educação, a medida é o primeiro resultado do Reuni, o programa de apoio a planos de reestruturação e expansão das universidades federais, e foi possível graças à contratação de cerca de 6 mil novos docentes e de 3,5 mil novos técnicos administrativos, à reforma da infra-estrutura das universidades e à concessão de 2 mil bolsas de pós-graduação.

Segundo Haddad, essas novas contratações não representam "inchaço da máquina pública". "O MEC (Ministério da Educação) está contratando, mas está contratando professores e técnicos. Não está contratando servidores para atividades-meio", disse, classificando de "discurso elitista e conservador" as críticas contra a expansão das federais.

Até 2012 o Reuni terá disponíveis R$ 2 bilhões para investimentos em universidades, que para receber os recursos terão de ampliar para 90% o índice de estudantes que concluem a graduação e aumentar para 18 o número de alunos por professor.




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